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Mistura da Semana avalia: Agridoce na Virada Cultural

No último domingo (20) rolava a Virada Cultural em 27 cidades do interior paulista, entre elas: Campinas. Por lá muitos artistas passaram, no entanto, a banda escolhida para fechar a maratona de música, teatro, dança e afins foi Agridoce.

O projeto paralelo de Pitty com Martin, também guitarrista na banda da roqueira, conta ainda com mais 2 músicos de apoio para as apresentações ao vivo.

Esta blogueira fanática por Pitty e vibrada no fofolk do Agridoce não perdeu tempo e saiu de Indaiatuba com destino à Campinas, levando junto seu irmão. Depois de quase perder o ônibus que levaria para a cidade vizinha - fui a última a entrar com o coração saindo pela boca, por conta da correria - quando chegou por lá a dúvida: Qual era mesmo o outro transporte coletivo que deveria pegar para chegar até a praça Arautos da Paz? Afinal este era o local que ocorria o show. Pois bem, só lembrava de Alphaville - fiz uma pesquisa na web das linhas de ônibus que passavam perto - e advinha? Existem 2 linhas com nomes diferentes que fazem este trajeto. Como uma boa estudante de Comunicação, não perdi tempo e assim que encostou um dos ônibus, corri e perguntei : Motorista passa na praça Arautos da Paz? - Ele : Passa! - EBA!!!! Consegui.

E lá fui eu, desci um pouco perto do local, já que a avenida estava interditada. Olho para o relógio e são 17h30, o show era previsto para às 18h. Acelero a caminhada, entro na praça, escolho um lugar aparentemente bom -  que pelo menos eu consiga tirar fotos boas - o relógio apontava 17h45. UFA! Cheguei a tempo.

Enfim 18h e..."Daqui alguns minutos AGRIDOCE", dizia o locutor do evento. Ok, atrasos acontecem, se bem que todos os shows de Virada Cultural que eu já fui, nenhum atrasaram. 18h10, 18h15, 18h20 e ... NADA! Enquanto eu esperava, ouvia e via de tudo e reparei que a galera ali presente esperava um show da Pitty e não do Agridoce.

Já estava ficando impaciente e aquele mala do locutor só ficava enrolando e falando besteira. Eis que às 18h25 a banda finalmente entra no palco para a MINHA alegria!
Não lembro exatamente a ordem das músicas, apenas que Dançando foi o grande ápice com a galera cantando em coro e muito alto. Pitty chegou a ressaltar no final da canção que foi a melhor apresentação que já tinha rolado com eles até agora. 

Eu louca da vida estava perto da casinha de áudio e claro cercada de barras de ferros, eu linda, aproveitei para sentar em cima delas para curtir, fotografar e filmar minha música preferida "20 Passos". Eis que percebo que somente eu por ali   sabia TODAS as músicas e cantava muito feliz. Ouvi muitos: "Nossa o que é isso?" "Eu pensei que fosse rock!" "Que parado!" "Cara, isso é Pitty?"

Entre uma graça e outra, Martin anuncia que "Romeu" é o mais novo single deles e Pitty brinca com a expressão "abrace o diabo" antes de cantar a  faixa de mesmo nome "Embrace the devil". De cover apenas "Please, please, please, let me get what I want" do The Smits. 

No meio do show é levantado um cartaz na plateia com os seguintes dizeres: "PITTY VOLTA SER PUNK", a cantora assim que termina de executar uma das músicas responde: "Tem coisa mais punk do que fazer o que você gosta?" #Toma.

O show supostamente acaba com uma versão esticada e maluca de "O Porto" - música que grudou na minha mente até dormir - já que rolou um bis só em francês. Bacana ouvir músicas em um idioma digamos complicado para nós brasileiros, o não bacana é que você não consegue cantar junto. HEHEHE
No geral a apresentação de exatamente 1 hora pareceu agradar uma pequena parte do público, melhor dizendo, aqueles que sabiam que era o Agridoce por ali. Senti falta de um entrosamento, pois rolou algumas entradas erradas das músicas e parecia até que não tinham ensaiado nada. No entanto, relembro que Agridoce não foi algo planejado e sim descontraído, de experimentos, sem pretensão alguma de ser totalmente sério e certinho.

Fim de tudo, hora de voltar para casa, ônibus lotados, resolvi sai da praça e ir para um local mais distante para conseguir um coletivo mais vazio, eis que após uns 20 minutos e dois pontos visitados, surgi um veículo que decidi encarar. Desci e fui direto para outro ponto de ônibus, este me levaria de volta para Indaiatuba, mais uns 10 minutos de espera e lá surge o azulzão, cor dos ônibus da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU/SP) 

Exatamente às 21h30 chego em casa feliz e satisfeita com o show que assisti e sem nenhum arrependimento da correria, do medo, da estranheza, do cheiro de cigarro das pessoas, da presença de jovens cada vez mais bêbados, do frio e da canseira. Agridoce foi o que são: azedos e doces!


Por Andressa Assis

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