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Lollapalooza Brasil 2016: A perspectiva

Por: Andressa Assis



(Leia na voz de Adele)
Hello, it's me!

Brincadeiras a parte, mais uma vez estou aqui para contar a minha perspectiva de algum evento musical, no caso, vou falar do Lollapalooza Brasil. Eu sei que já faz um tempinho, quase 2 meses que rolou o festival, porém nunca é tarde para contar o que a gente viveu.

Chegada e Entrada
Infelizmente não fui no sábado, apenas no domingo, dia 13 de março. Sai de excursão rumo ao autódromo de Interlagos e andei, andei, andei até chegar na portão mais próximo de entrada. Acho que nunca fui tão revistada em toda minha vida, tiveram a capacidade de tirar meu agasalho e balançar para ver se caía alguma coisa. Sai bem louca da vida, já que foi um sacrifício arrumar minha mini bolsa para caber tudo.Tirando isso, entrada sossegada. O ingresso também foi tranquilo a leitura. Levei milhões de cópias com medo, já que minha impressora resolveu fazer umas porcarias de impressões. Como odeio e-tickets.
Para chegar realmente onde acontece o Lolla foi mais uma caminhada. Logo na entrada havia energético gratuito para degustação e os promoters da Skol distribuindo uns copos lindinhos. 

Palcos e Alimentação
O palco Axe e não Axé era o primeiro. Bem localizado com banheiro fácil, comida e bebida também. Não é o maior palco por conta de não ser o principal. Virando mais um pouco havia o Chef's, melhor lugar para comer. Lá cada chef renomado de São Paulo tinha sua barraquinha. Almocei strogonoff do Carlos Bertolazzi e hambúrguer bruto do Henrique Fogaça. Bertolazzi 1 x 0 Fogaça. Só precisa melhorar uma coisa no delicioso strogonoff: A embalagem. Era servido em uma mini marmitinha. O hambúrguer do Fogaça não caiu bem no meu estômago, não passei mal, porém fiquei estufada. Sem contar que demorou muito e nem um guardanapo de papel veio junto com o lanche. Comida do Bertolazzi é amor! Aquela batatinha palha uma delícia, não era aquelas de pacote que você compra. Destaco ainda os brownies gourmet. Lindos e os de doce de leite eram uma maravilha! Quanto as bebidas só fiquei no guaraná, chopp e água.
Mais a frente ficava o palco Skol, o principal do festival. Descendo tínhamos o palco Trident voltado principalmente para a música eletrônica. Pra chegar no último palco, o Onix foi uma tristeza. Tinha que atravessar o autódromo inteiro. Lógico que você passa por muitos stands legais, porém não tem condições de querer ver um show no Onix e logo em seguida outro no Axe por exemplo. A distância é grande.

Além da música
Lollapalooza oferece muito mais do que shows, na questão gastronômica ainda tinha os food trucks espalhados por todo o festival, além dos carrinhos de sorvete da Kibon. Fora os vendedores de pipoca, batata, churros dentre outras guloseimas. Havia também as lojinhas oficiais de camisetas e os stands de outras lojas bacanas que vendiam chapéus, headbands e até instaphoto e barbearia. Ainda era possível se divertir no Carrossel da C&A, roda gigante da Chevrolet, jump da Axe e nos espaços da Ray-Ban, Skol e Trident. O camarote da Sempre Livre não vale muito a pena se você quer ver os shows, já que ele fica muito longe dos palcos. Tinha ainda o Boteco do Lolla, uma área para relaxar com redes e samambaias e o Kidspalooza, o palco das crianças. Enfim, tinha diversão para todos os lados e deveria ter mais coisas que esqueci de escrever aqui e que nem vi. É um festival para sentir e aproveitar o máximo que conseguir. É até bom não ter tantas bandas que você gosta, assim sobra tempo para curtir os demais lugares.
Enfrentei fila? Lógico, porém tudo estava andando bem rápido.

Shows

Não tem como assistir todos os shows. É IMPOSSÍVEL. Como fã de Florence + The Machine e Noel Gallagher foquei em assistir os dois. Porém sobrou um tempinho para conferir a banda brasileira Maglore, que contou com a participação do vocalista da Vanguart, Helio Flanders e vi também Albert Hammond Jr., o eterno guitarrista do The Strokes. Dei uma passadinha em Duke Dumont, Twenty One Pilots e Walk The Moon, que pra mim foi o pior show da noite dos quais consegui assistir. Não vi Jack Ü e nem Alabama Shakes, não tinha como e não sou fã. Claro que o melhor show da noite foi Florence + The Machine, impossível não amar Welch. Nem mesmo água nas costas atrapalhou. Como assim? Onde fiquei tinha uma galera que queria assistir ao show sentados - olha o absurdo - e como eu e um pessoal ficamos na lateral em pé, tivemos alguns bobinhos reclamando, uma das moças foi muito sábia: "Quer ficar sentado? Vai pra casa e assiste pelo Multishow!" PALMAS! Nem conhecia e considerei pacas. 

O que poderia melhorar?
Durante alguns shows no palco Skol deu para ouvir o palco Trident e o Axe, então melhorar acústica seria uma boa. Outra ideia bacana para se pensar seria a distância do palco Onix. Muito isolado, porém entendo a ideia do festival, tem que ter algo que te obrigue a andar por todo o complexo e passar pelas lojinhas e stands. Pro festival ficar perfeito, a tenda Chef's poderia ser ampliada e ter mais lugares para a galera se acomodar e comer.

O que está legal?

A temática deste ano foi sensacional: Diversidade. Mais cara de Lollapalooza impossível. Foi um dos melhores festivais que já fui. Experiência única. Como disse para um amigo: "Quem não tem Coachella, caça com Lollapalooza." Até a área de relax era um charme com as redes e samambaias. 

Avaliação final
Nota 9,5. Está praticamente perfeito. Acho que se ano que vem a tenda Chef's for maior já fico extremamente feliz, afinal, comida é amor. Gostei da escalação das bandas, aprendi que é melhor você ir para ver poucas apresentações, já que assim pode aproveitar um pouquinho do que o festival oferece. Se você nunca foi ao Lollapalooza comece a se planejar desde já. Guarde um dinheirinho e vá pelo menos um dia, você não irá se arrepender. A gente se vê em 2017!