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Aerosmith em São Paulo: A perspectiva

Por: Andressa Assis 

♫ "Come 'ere baby" ♬

OH MY GOD! Dia 15 de outubro de 2016 eu compreendi o motivo das mulheres serem loucas por Steven Tyler. Depois desse dia nunca mais fui a mesma em relação a ele. 

Saí de excursão no começo da tarde. Desci da van e fui correndo para a fila. Enfrentei calor do cão, um chuvisco e mais calor até liberarem as entradas. Tudo muito organizado. Encontrei mãe e filha cariocas na fila e até o cover do Axl Rose. Cheguei nas cadeiras era umas 16h30. Conheci uma moça lá do nordeste que esqueci o estado, o nome dela e de pegar algum endereço de contato - muito eu - ela me contou sua vida inteira, foram coisas muito pessoais, só depois percebi que foi mancada minha não pedir pelo menos o Facebook. Mil desculpas, moça! 

A banda de abertura entrou pontualmente às 20h, não lembro o nome também, era ruim. A grande verdade é que ninguém quer saber de banda de abertura, pagamos para ver Aerosmith.

Era um pouco mais de 21h quando os norte-americanos entraram. Tyler é a maior diva que qualquer rockeiro respeita! Com um casaco preto brilhante, os lenços amarados no pedestal e um ventilador na ponta da passarela, senhor Tallarico bate fácil uma Beyoncé. Claro que não posso esquecer de Joe Perry que não deixa barato quando o assunto é estilo. Quem acompanha a banda sabe muito bem a competição que existe entre Tyler e Perry. São dois putos - no bom sentido - que a gente ama e formam uma bela dupla. Não teve "Janie's Got A Gun" para meu desespero. Foi meu primeiro show da banda e essa era a música que mais esperava. Do mais, tiveram muitos hits sim e "Dream On" foi arrebatadora. O cover de "Come Together" fez jus aos Beatles e "Livin' On The Edge levantou a galera no coro. Não posso deixar de mencionar "I Don't Wanna Miss A Thing" que deixou o estádio acesso com as luzes de celulares. 

O show contou com animações nos telões, uma espécie de tapete no chão com o nome da banda e no fim uma chuva de fumaça e papel picado. A banda realmente mostra porque ainda é referência quando o assunto é rock n' roll. Steven Tyler não parou no palco, correu de um lado para o outro, arriscou uma frase em português, fez drama, se deitou no chão e calou a boca de muito gente cantando e berrando bem aos 68 anos, sem o uso de playback. Ele é completamente hiperativo. É lógico que rolou o seu abdômen sarado. Ele ainda sensualiza e muito. Alô novinhos, o vovô Tyler ainda bate um bolão. 

Voltei para casa feliz e de alma lavada. Nunca vi o Allianz Parque tão abarrotado de gente igual naquela noite. Aerosmith me mostrou o quanto o bom e velho rock ainda pode me deixar em êxtase. O show entrou para a minha lista dos melhores que já assisti. A banda volta ao Brasil em setembro de 2017 para apresentação exclusiva no Rock In Rio. 

Gostaria de deixar ressaltado que os tiozinhos do Aerosmith foram os músicos mais simpáticos e atenciosos com os fãs. Acompanhei tudo pelas redes sociais e senti uma vontade tremenda de passar no hotel que eles estavam hospedados para conseguir uma foto. Preferi deixar para a galera dos 30, 40 anos que é fã da banda mais tempo do eu e que merece bem mais esse momento. Eles também souberam aproveitar bastante toda a estadia pelo país. A banda não vai acabar e espero sinceramente que eles não comentam esse erro drástico. O rock não seria o mesmo sem eles. 

Assista "Dream On"

Confira abaixo o setlist do show em São Paulo 


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