Mistura da Semana avalia: Jorge e Mateus no Rodeio de Americana
Não, você não está ficando louco! Somos um blog sem preconceitos e todos os estilos e cantores, desde que sejam bons são bem aceitos por aqui. No entanto o que mais intriga é esta moderadora frequentar esse tipo de festa. Pois bem, vamos aos fatos.
Odeio rodeios e afins. Música sertaneja nunca foi minha praia e nunca será. Eis que meu irmão - mais velho que eu - me convidou para ir e como praticamente sempre "obriguei" ele frequentar shows de rock e festivais de música por falta de companhia - sim, tenho amigos que só saem de casa se algo não for nada complicado e barato $ - ou pelo fato do transporte, já que as vezes não temos ônibus disponíveis e eu ainda não sei dirigir (OMG). Você deve estar se perguntando, esta garota não sai com seu irmão para se divertir? Sim, no entanto temos nossas diferenças.
Com isso lá fui eu, me arrumei de última hora, já que ele só me informou que iriamos à noite do sábado (16), dia do show. Chegando perto do recinto da festa o movimento de carros já começava. Procuramos o estacionamento oficial, aí sim encontramos um congestionamento. Por ali ficamos por volta de 20 minutos e já comecei a me arrepender por ter ido. Carros com som altíssimo, camelôs vendendo bebidas alcoólicas - sim, em plena fila do estacionamento - além de chapéus, muitos chapéus! Característica marcante entre as 65 mil pessoas que foram prestigiar o evento - eu e meu irmão estamos fora dessa.
Após estacionarmos um pouco longe da entrada oficial, no caminho já deparamos com vários jovens um tanto pouco alegres, nas catracas mal organização. As placas indicando a fila dos estudantes não servia de nada, tudo normal. Sem contar que perto das bilheterias existia camelôs vendendo ingressos, com eles qualquer pessoa se passa por estudante já que não exigem nada para comprovar.
Entramos, logo de cara avistei uma balada e pensei que essa seria minha salvação. Não foi. Nem bem cheguei perto e já sai, o público com um sinalizador escolhia o que deveria tocar, ou seja, não existia DJ!
Como toda festa desde tipo havia muitos stands de patrocinadores e até uma boa praça de alimentação. Em compensação arquibancada foi artigo de luxo, somente com uma área que ficava do lado esquerdo do palco, antes das 22h ninguém mais subia por conta da superlotação. Enquanto isso a frente do palco era lindamente repleta de camarotes. Parabéns direção da festa, continuem tratando seu povo - grande público - como imbecis que se contentam com pouco. Na verdade, eles realmente se contentam com pouco. Nunca presenciei tanta mal organização em um evento deste porte em relação ao preço que cobravam no dia da festa, a bagatela de R$60,00 ou R$ 80,00 com os camelôs.
Gente, gente, muita gente! Bêbados, bêbados, muitos bêbados em que quase caí após ser empurrada por esses seres - xinguei muito - e foi chamada de nervosa e me pediram para ter calma! O quê? Quer dizer que uma pessoa no seu cantinho, que concede uma licença forçada, quase leva um tombo, tem que ter calma com esses idiotas? Não sabe beber? Está mal? Fica sentadinho, para de andar, agora não envolva quem não tem absolutamente nada com isso!!!
Eu não estava com sorte mesmo, quando a dupla tocava as músicas que eu conhecia, eu tinha que ficar parada e dar passagem para o povo que não parava quieto passar de um lado para outro.
O show de Jorge e Mateus, que começou às 1h20 de domingo - depois da enrolação dos locutores para abrir a arena - não foi ruim, isso não quer dizer que tenha sido bom. Tocaram metade de seus grandes sucessos logo no ínicio do show, em determinada parte só músicas românticas e desconhecidas. Covers, muito covers, até Rolling in the Deep da Adele foi arranhada. Um show de 2 horas certinhas, pode ser resumido em conversas. Sim, pois esses dois ex-universitários gostam mesmo de falar e mandar "beijinhos" para todo mundo.
Por volta das 02h40 eu já estava saindo, melhor sensação que já tive.
De bom mesmo naquela festa, só o X - Salada que comprei. Ou deve ser pelo fato de estar com fome.
Em tempo
- Não assisti o rodeio, fiz questão de ficar sentada sem ver nada. Não acredito em uma palavra que eles falam sobre os bons tratos com os animais. Tá bom que o touro irá pular que nem um louco se ele é bem tratado.
- Nunca voltei de um show sem zumbido no ouvido. Essa foi a 1º vez e detestei, sinal de pouca diversão.
- O show do Jorge e Mateus teve que ser parado por alguns minutinhos logo depois da execução das 2 primeiras músicas, já que os cantores não estavam tendo retorno, o som não chegava muito nítido nas áreas fora da arena. Fiquei confusa, pois se fosse em um festival de um único palco, tudo bem, problemas técnicos rolam já que não se tem muito tempo livre. Mas em uma festa em que o palco é inteiramente seu é algo inadmissível de se aceitar.
- O evento na verdade parecia um festival musical, tinha uma balada, um cantinho sertanejo, um palco que tocava de tudo (até Bruno Mars) e claro o palco central do grande show.
O lado bom de tudo isso? Não paguei nada e ainda aprendi uma lição. Depois de 5 anos sem pisar em terras de rodeios - o último foi em 2007 por causa do show do Capital Inicial - NUNCA mais volto. O público é mal educado, não entende nada do amor pela música, bêbado é o que mais se encontra - prefiro um maconheiro que fuma o seu quietinho no seu canto - homens que só querem saber de "pegar" a mulherada e elas só querem saber de se amostrarem para eles. Mega diferente do que estou acostumada, os festivais e shows que frequento as pessoas querem sim se divertir, mas ao som da sua banda favorita. Pouco se incomodam com quem está do lado.
Depois ainda dizem por aí que show do rock é coisa do demônio. Parem com esse preconceito e comecem a observar realmente os eventos que frequentam.
*OBS: Tudo existe uma exceção, não levem o que escrevi ao pé da letra e não xinguem Jorge e Mateus, estão na classe do sertanejo universitário, mas não tratam as mulheres em suas músicas como objetos, além de mandarem bem no que fazem.
Desculpe pelo texto longo, precisava desabafar.
Fonte: Paulínia VIP (relação do números de pessoas na festa).
Por: Andressa Assis
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