Guns N' Roses em São Paulo: A perspectiva
Por: Andressa Assis
Já estamos em um novo ano, porém ainda preciso retomar 2016 para concluir as minhas experiências em shows. A última apresentação que presenciei foi do Guns N' Roses, no dia 12 de novembro no Allianz Parque. A saga começa em encontrar pessoas de Indaiatuba que iriam para dividir transporte. Não encontrei. Tentei uma excursão que foi cancelada por falta de passageiros e só consegui outra faltando 2 dias para o show. O mais inacreditável de tudo isso era que a banda teria 2 apresentações no mesmo estádio.
"Quando começa errado, não termina certo." (ASSIS, Andressa)
Pois bem, o organizador da última excursão não estava no local -completamente estranho- combinado para acertar o pagamento, só ligando consegui contato. Ele é uma pessoa completamente difícil quando o assunto é comunicação. Tive que ser obrigada a fazer depósito bancário. A excursão de sexta -do primeiro show- não teve, aconteceu um problema com o organizador e deixou todos na mão. A minha excursão até teve, mas apareceu um ônibus modelo antigo que achei péssimo. Acredite, ainda tinha que pagar por esse veículo fora o que já tinha sido pago. Eu e alguns outros passageiros fechamos uma van. Sim, havia um bom número de pessoas da cidade e fiquei me perguntado de onde saíram e onde estavam esse tempo todo? Procurei em todos os grupos e páginas relacionadas ao show no Facebook e nada. Pelo o que entendi era tudo por conta da promessa de open bar, a outra excursão não tinha. Pelo menos iria existir uma excursão organizada e com veículo mais novo. Nunca vou entender esse pessoal que prefere chegar bêbado em um show que você esperou por meses e pagou caro. Até o dia de hoje (02/01/17) estou esperando ser ressarcida. Espero que um dia consiga meu dinheiro de volta.
Cheguei mais de 19h, o show estava marcado para 21h30. Tive que descer igual uma louca, já que a van parou do outro lado que era meu portão de entrada. A única coisa boa disso tudo foi ver de pertinho a comitiva da banda chegando ao estádio. Algum integrante dentro daqueles carrões de vidros completamente escuros deve ter me visto por pelo menos 2 segundos. Também nunca irei entender esse povo que fica gravando ou fotografando os carros. Ninguém nem se quer faz um aceno para gente. Isso é muita babaquice e coisa de adolescente. Os carros mal passaram e continuei minha correria, na ânsia de chegar mais rápido segui reto e não entrei no começo da fila. Tive que depois pegar a outra ponta que dava acesso e voltar pelo mesmo lugar. Foi bom para aprender.
Entrei e já fui comprando minha cerveja, só pelo copo personalizado, claro. Foi difícil encontrar um lugar, mas consegui. A minha úncia má sorte foi que logo que sentei a garota de trás derramou cerveja, que não pegou em mim, mas na minha bolsa e no meio do show - acredite - essa mesma garota vomitou na minha cadeira. Já tinha olhado antes e visto que ela estava mal, por que diabos já não foi no banheiro? Por sorte, apenas respingou no meu tênis. Cada show, uma nova experiência.
Se Axl Rose era conhecido como atrasão, ele aprendeu bem a lição. Pontualmente às 21h30 os integrantes do Guns N' Roses entraram no palco incendiando tudo e todos. O mais legal foi o vídeo exibido minutos antes. Sobre a banda de abertura, Plebe Rude, achei péssima, não entendi nada das primeiras músicas e achei sem sentido. É gosto. Voltando ao show principal, tudo foi realmente um espetáculo. Palco com uma espécie de 2 andares, passarela, efeitos pirotécnicos o tempo todo, jogo de luzes fodásticos, animações no telão central e dois telões gigantes nas laterais. Slash (foto ao lado) é um monstro nas guitarras, seus solos foram animais. Duff mostrou que também está com tudo em cima - além de ser o mais em forma atualmente - e senhor Axl, bem esse ainda se movimenta da mesma maneira que antigamente, vai de um lado ao outro do palco, mas a voz...Essa ele perdeu há muito tempo, infelizmente. Pelo menos o fato de não usar playback, faz com que ele assuma o erro.
Os norte-americanos ainda trouxeram uma novidade, Melissa Reese, a primeira integrante mulher a fazer parte da banda. Não teve "Don't Cry" para minha tristeza sem fim, mas teve "Patience". Se no show do Aerosmith gamei no casaco do Tyler, aqui me apaixonei pelo anel que Axl usou para tocar "November Rain" no piano. Nessa música o público contribuiu com bexigas vermelhas, uma coisa linda de se ver. Praticamente todas as músicas levantaram a galera que estava enlouquecedora com tudo. Parecia torcida organizada de clube de futebol. Nunca vi um público tão fanático, mas dá para entender, afinal foram quase 24 anos desde o último show que Axl dividiu o palco com Slash e Duff.
A banda não é de muita conversa e o máximo que se ouviu em português foi o nome da cidade. Achei mancada isso vindo do Axl que tem na sua equipe 3 brasileiros. Nem um "obrigado" ele disse, mas agradeceu muito em inglês. Falando nele, Mr. Rose fez aproximadamente 6 trocas de camisetas, os demais apenas duas trocas. Antigamente, Rose, nem camiseta usava. 😆
No geral, Guns não poupa esforços quando o assunto é transformar o show em uma atração de encher os olhos do público. Faz cada centavo do seu dinheiro valer a pena.
A banda volta ao país em setembro de 2017 para se apresentar no festival Rock in Rio.
A banda volta ao país em setembro de 2017 para se apresentar no festival Rock in Rio.
Confira abaixo o setlist das apresentações em São Paulo
Show completo
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